“Tivemos uma conversa bastante ampla. Eles me propuseram fazer uma reunião amanhã (terça) com a delegação da oposição, e eu aceitei”, disse Maduro, no final de um encontro de mais de uma hora com oito chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Durante a tarde, os ministros das Relações Exteriores da Unasul se reuniram com representantes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que se recusava a dialogar com Maduro para solucionar a crise. A Venezuela é sacudida por uma onda de protestos contra a criminalidade, o desabastecimento e a inflação que em oito semanas já deixou 39 mortos, 600 feridos e mais de 100 denúncias de violações dos direitos humanos.
“Se esta reunião (entre governo e oposição) for finalmente concretizada na tarde desta segunda-feira, será uma grande mensagem de paz, de democracia, do nosso país a todo o nosso povo”, afirmou Maduro à imprensa no Palácio de Miraflores.
Maduro, que cumprirá um ano de presidência no dia 14 de abril, revelou que será a Unasul a anunciar o local e a hora da reunião. "Estou certo que a agenda será livre", enfatizou. Os protestos, iniciados em 4 de fevereiro para exigir mais segurança após um ataque contra uma estudante, se alastraram por todo o país e tomaram outras bandeiras, como a crise econômica, a repressão policial e a prisão de estudantes e dirigentes da oposição.
AFP