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Manifestação contra violência policial termina em 18 detidos em Paris

Ato com cerca de mil pessoas foi dispersado pela polícia, com uso de gás de lacrimogêneo, no final da tarde de terça-feira

Protesto reuniu cerca de 20 mil pessoas na última terça-feira | Foto: Mohammad Ghrannam / AFP / CP

Pelo menos 18 pessoas foram presas em Paris, na terça-feira, durante uma manifestação não autorizada contra a violência policial, que levou a confrontos. O balanço de presos foi informado pela prefeitura nesta quarta-feira.

Convocada pelo comitê de apoio à família de Adama Traoré, um negro de 24 anos morto em 2016 após ser preso, a manifestação reuniu cerca de 20 mil pessoas na capital francesa. A prefeitura havia proibido o ato, devido à emergência de saúde instaurada pela pandemia de coronavírus, que não permite concentrações de mais de dez pessoas, e também devido ao risco de "brigas".

O ato foi convocado no contexto da onda de protestos nos Estados Unidos, após a morte de George Floyd, um afroamericano de 46 anos sufocado por um policial branco em Minneapolis. A manifestação, que começou no final da tarde na esplanada do tribunal de Paris, foi perturbada pelo disparo de projéteis, levando a polícia a usar gás lacrimogêneo.

Os manifestantes se dispersaram pelas ruas próximas e pela avenida periférica que circunda a capital francesa, onde centenas deles bloquearam parcialmente o tráfego. Vários confrontos esporádicos ocorreram ao longo desta via, em que a polícia recorreu a balas de defesa do tipo "LBD". Nas ruas, barricadas foram erguidas, e algumas bicicletas foram incendiadas.

Em 19 de julho de 2016, Adama Traoré morreu em uma delegacia de polícia nos arredores de Paris, duas horas depois de ser preso. O caso se tornou um símbolo da violência policial no país.

Para acalmar os ânimos, o ministro do Interior, Christophe Castaner, prometeu hoje uma "sanção" por qualquer "falta" que a polícia cometa, incluindo o uso de "expressões racistas". "Sou intransigente sobre este tema", declarou Castaner no Senado. Já a porta-voz do governo, Sibeth Ndiaye, fez um apelo à "calma" e assegurou que "não há nenhuma violência de Estado instituída" na França.

AFP