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Especial

Militares colombianos são acusados por estupro de menor indígena

A menor, de 13 anos, foi agredida no último domingo, no município de Puerto Rico, Risaralda

Seis dos militares foram acusados como responsáveis e um na condição de cúmplice | Foto: Luis Robayo / AFP / CP

Sete militares admitiram nesta quinta-feira, ante um juiz, terem estuprado uma indígena de 13 anos enquanto patrulhavam o território da comunidade embera chamí, no oeste da Colômbia, segundo o Ministério Público.

O órgão "acusou sete soldados" pelo crime, seis deles como responsáveis diretos e um na condição de cúmplice, informou em entrevista coletiva o procurador-geral, Francisco Barbosa. "Estas pessoas reconheceram o ultraje de seus atos", assinalou. Os militares foram encaminhados para uma guarnição militar, onde aguardarão julgamento.

A menor foi agredida no último domingo, no município de Puerto Rico, Risaralda. O governador indígena da jurisdição embera Gito do Kabu, Juan de Dios Queragama, divulgou o ocorrido, que provocou uma dura condenação da sociedade.

"A menina estava sozinha, colhendo goiabas perto de um acampamento militar, quando os soldados a capturaram por toda a noite", contou Queragama à AFP, após tornar pública a denúncia por meio de um comunicado. A vítima está sob os cuidados da autoridade de proteção familiar.

O governo e o alto comando militar condenaram a agressão, divulgada uma semana depois que o Congresso aprovou uma reforma constitucional que incorpora a prisão perpétua a estupradores e assassinos de menores de 14 anos.

Apesar de não haver promulgado a norma, o presidente colombiano, Iván Duque, mostrou-se favorável a aplicar a pena de prisão perpétua neste caso, que mancha a imagem das forças militares, que, ao longo do conflito armado, enfrentaram escândalos de violações dos direitos humanos envolvendo alguns de seus membros.

Segundo dados da autoridade forense colombiana, mais de 22 mil menores de 18 anos foram vítima de crimes sexuais e 708, de homicídio, no país em 2019.

AFP