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Mundo não está preparado para próxima pandemia, dizem especialistas

Relatório do Conselho de Supervisão da Preparação Global pede que líderes políticos que assumam suas responsabilidades

Covid-19 já deixou mais de 920 mil mortos ao redor do mundo | Foto: Gil Cohen-Magen / AFP / CP

O mundo está perigosamente despreparado para a próxima pandemia, com potencial para ser ainda mais devastadora do que a Covid-19, que deixou mais de 920 mil mortos - alertou um painel internacional nesta segunda-feira. 

"A pandemia da Covid-19 está testando a preparação em todo mundo", destacou o Conselho de Supervisão da Preparação Global (GPMB, sigla em inglês), um órgão independente lançado em 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial, que reconhece em seu último relatório anual que suas recomendações foram ignoradas. "Se as lições da Covid-19 não forem aprendidas, ou se os meios e compromissos necessários não forem postos em prática, a próxima pandemia - que é uma certeza - será ainda mais devastadora", alerta o Conselho.

"O impacto da Covid-19 é ainda pior do que havíamos previsto, e as medidas que recomendamos no ano passado ainda não foram tomadas", lamentou o copresidente deste Conselho e ex-diretor-geral da OMS, Gro Harlem Brundtland.

Do ponto de vista do custo econômico, o cálculo é simples. "Levará 500 anos para gastar em prevenção o dinheiro que o mundo está perdendo, devido à Covid-19", afirmou. "O retorno do investimento na preparação para uma pandemia é imenso", frisou.

O relatório pede mais uma vez aos líderes políticos que assumam suas responsabilidades, aumentem a cooperação e planejem o financiamento para a preparação para a próxima pandemia de longo prazo.

Além disso, sugere convocar uma cúpula internacional promovida por ONU, OMS, Banco Mundial e outras instituições financeiras internacionais para se discutir um marco global de preparação para emergências e como responder a elas. Segundo Brundtland, "o financiamento previsível e perene no nível exigido" deve ser um dos pilares desse sistema.

AFP