Um tribunal de Melbourne ouviu durante quatro semanas os testemunhos das supostas vítimas, que também responderam às perguntas dos advogados do cardeal.
Nesta terça-feira, a acusação e a defesa apresentaram suas conclusões e o tribunal decidirá no dia 1 de maio se o cardeal será levado a julgamento. Robert Richter, advogado de Pell, declarou que o caso não será julgado porque as supostas vítimas não têm credibilidade, informou o jornal Herald Sun de Melbourne. O promotor Mark Gibson admitiu que alguns depoimentos podem ser contraditórios, mas disse que isto não significa que não existem provas e que cabe ao tribunal tomar a decisão final, destacou o jornal The Age.
Pell é o integrante mais importante da Igreja Católica acusado de agressão sexual. A acusação foi anunciada após uma longa investigação nacional sobre as respostas institucionais aos abusos contra menores por parte de religiosos. Pell foi ordenado padre em 1966 em Roma e depois progrediu por todos os níveis da hierarquia católica na Austrália. Em 1996 foi nomeado arcebispo de Melbourne e em 2001 de Sydney.
Em 2014 foi designado pelo papa Francisco prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos do Vaticano.
AFP