Netanyahu "expressou seu pesar pela morte dos militares russos que estavam na aeronave e disse que a Síria era responsável pela queda do avião", afirmou o escritório do premiê em nota. O chefe do governo israelense "ressaltou a importância de manter a coordenação de segurança entre Israel e Rússia, que conseguiu impedir muitas perdas de ambos os lados nos últimos três anos", acrescenta o comunicado.
Netanyahu também ressaltou a Putin que Israel "está decidido a conter o avanço militar do Irã na Síria e as tentativas do Irã, que quer a destruição de Israel, de dar ao Hezbollah (milícia xiita libanesa) armas letais contra Israel".
O primeiro-ministro também comunicou ao presidente russo que está disposto a dar todos os detalhes necessários para a investigação do incidente e sugeriu uma visita a Moscou do comandante da Força Aérea israelense. O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou hoje que sua embaixadora adjunta em Moscou, Keren Cohen-Gat, foi convocada pelas autoridades diplomáticas russas para dar explicações sobre o ocorrido.
Em nota, o exército israelense responsabilizou o regime sírio de Bashar al Assad pela derrubada do avião militar russo na Síria, depois que Moscou acusou Israel de provocar o incidente. "Israel atribui ao regime de Assad, cujo exército disparou contra o avião russo, a total responsabilidade por este incidente. O Irã e o grupo terrorista Hezbollah também são responsáveis", aponta o comunicado. Segundo Moscou, Israel "criou de maneira premeditada uma situação perigosa para os navios e aeronaves que estavam na região", o que por fim provocou a queda do avião modelo Il-20 e a morte de seus 15 ocupantes.
O exército israelense acusa Damasco de disparar "indiscriminadamente" e de forma "inexata", mas confirma que ontem à noite sua realizou um ataque aéreo contra uma instalação das Forças Armadas da Síria "de onde seriam transferidos sistemas de fabricação de armas precisas e letais em nome do Irã para o Hezbollah no Líbano". "Estas armas estavam destinadas a atacar Israel e representavam uma ameaça intolerável", diz a nota militar.
EFE