No Uruguai, existem três formas de adquirir cannabis por meio do sistema regulamentado e registrado pelo Estado: o autocultivo, o cultivo em cooperativas, ou clubes, e a compra em farmácias de até 40 gramas mensais. A venda em farmácias começou em julho do ano passado, e as duas empresas que produzem para o Estado, que leva a droga para a rede de distribuição, não conseguiram suprir a demanda das quase 24 mil pessoas registradas para comprar.
De acordo com o estudo "Mercado regulado da cannabis", um autocultivador, ou membro de clube canábico "provê a outras duas pessoas (...), enquanto as pessoas que adquirem na farmácia compartilham apenas com uma pessoa a mais". Assim, embora apenas 23% das 147 mil pessoas que o governo estima serem consumidoras de maconha no país estejam registradas como cultivadoras, membro de clube, ou comprador em farmácias, a população que realmente tem acesso à cannabis regulada é muito maior.
O número de pessoas registradas para comprar maconha produzida sob controle estatal e vendida em farmácias no Uruguai se encaminha para quintuplicar em nove meses dos 4.900 inscritos inicialmente, e a produção ainda não é suficiente para suprir a demanda. Desde a primeira venda em julho do ano passado, o Estado canalizou 752 kg de maconha através das farmácias. A maconha estatal é produzida em estufas a 50 km oeste de Montevidéu, sob forte vigilância das autoridades.
AFP