Após dois recentes ataques terroristas na cidade inspirados pelo grupo Estado Islâmico, um com bomba abortado em um túnel do metrô no dia 11 de dezembro e um atropelamento com uma van em TriBeca que deixou oito mortos em 31 de outubro, as medidas de segurança na Times Square são inéditas. Mais de 20 ruas foram fechadas. Barricadas e caminhões com areia foram instalados, enquanto a polícia registra duas vezes cada pessoa que entra no perímetro de segurança na Times Square, o mais amplo da história.
Nem mesmo carteiras e bolsas pequenas são permitidas: as pessoas resignadas as esvaziavam, descantando-as, seguindo as ordens policiais para entrar no perímetro. "Este é o dia mais emocionante da minha vida! Estou absolutamente comprometido a enfrentar o frio", disse Hader Ghulam, um paquistanês de 27 anos que estuda em
Oklahoma e visita Nova York pela primeira vez com um amigo.
Ghulam diz estar "impressionado" pelas medidas de segurança. "Confio totalmente nesses caras", assegura.
"Prefiro que sejam chatos a que alguém se machuque", diz Amanda Haager, uma engenheira de 23 anos de San Diego que trabalha em Nova York e usa adesivos nas bochechas com a frase "Feliz Ano Novo".
Após o ataque de um francoatirador solitário que de um hotel em Las Vegas matou 58 pessoas em 1 de outubro, pela primeira vez a polícia também registrará hotéis e restaurantes.Em maio, um veterano da Marinha americana, sem aparente motivação terrorista, matou uma jovem e feriu 22 pessoas ao atropelá-las com seu carro a toda velocidade na Times Square.
A festa na Times Square foi animada por cantores, fogos de artifício, 1.360 kg de confete e 25.000 balões. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e a convidada especial deste ano, a ativista Tarana Burke, líder do movimento #MeToo contra o abuso sexual, apertarão segundos antes da meia-noite o botão que faz a grande bola luminosa descer.
Algumas das celebridades que agitarão a festa são Mariah Carey, humilhada no ano passado quando problemas técnicos revelaram um playback, Neil Diamond, Nick Jonas e a cubana-americana Camila Cabello.
AFP