“Devemos instalar mecanismos para que possamos ter medidas concretas contidas no projeto de resolução que vamos debater, como os observatórios nacionais sobre as drogas”, informou o vice-ministro de Ordem Interna do Peru, Luis Alberto Otálora.
O ministro do Interior boliviano, Wilfredo Chávez, sugeriu o “fortalecimento de centros nacionais de controle de tráfico ilícito e a criação de instituições que concentrem informação e que identifique pessoas que se dedicam à importação ou exportação de drogas”.
Representantes de diversos países concordaram também sobre a necessidade de que a região desenhe uma política integral centrada no respeito aos direitos humanos e não na repressão. “Para problemas regionais precisamos de soluções regionais”, afirmou o embaixador brasileiro na Bolívia, Marcel Biato.
O subsecretário equatoriano de Garantias Democráticas, Diego Falconi, falou sobre a necessidade de “fortalecer os mecanismos de soberania e autonomia” na luta contra o narcotráfico.
Redução da demanda, desenvolvimento alternativo integral e sustentável, redução da oferta, medidas de controle e contra a lavagem de dinheiro são os cinco eixos temáticos das discussões que ocorrerão até sexta-feira, centradas em desenhar políticas próprias do continente no combate às drogas.
“A ONU apoia a cooperação entre países, é muito importante favorecer esquemas de cooperação entre países que falam o mesmo idioma, que têm a mesma problemática. É um fórum ideal para discutir entre países irmãos um problema que vem afetando essas nações de forma muito intensa há 20 anos”, disse o representante local do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC), César Guedes.
AFP