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Papa admite erro ao afirmar que "feminismo termina sendo machismo de saia"

Francisco disse que deveria ter se pronunciado diferente, condicionando aos riscos de atitudes extremas

Pontífice lamentou posições de "servidão" da mulher na Igreja | Foto: Alberto Pizzoli / AFP / CP

O Papa Francisco reconheceu na noite deste domingo que se equivocou ao afirmar que "todo feminismo termina sendo um machismo de saia". Segundo o líder da Igreja Católica, a "frase justa" que deveria ter pronunciado é que "todo feminismo pode correr o risco de se transformar em um machismo de saia".

"Foi uma frase dita em um momento de muita intensidade, quando estava escutando o testemunho de uma mulher que estava na linha que eu queria e me dirigi ao feminismo com um pouco mais de crítica", justificou durante entrevista ao canal espanhol La Sexta. O pontífice se referia a uma afirmação que fez em 22 de fevereiro, após ouvir uma declaração da especialista em Direito Canônimo, Linda Ghisoni, durante uma reunião no Vaticano.

Na entrevista, o papa admitiu ainda que as mulheres são pouco representadas na Igreja Católica. "O que temos atingido é nos dar conta que a figura da mulher vai além da funcionalidade: a Igreja não pode ser Igreja sem a mulher porque a Igreja é uma mulher, é feminina, é 'a Igreja', não 'o Igreja'", declarou.

Para o papa, todas as pessoas estão a "serviço", mas que, no caso das mulheres, "além dos serviços, a elas é reservada a servidão, e isso não é bom, é triste". Ele se manifestou, contudo, contrário ao aborto, embora entenda o "desespero" de quem engravidou após um estupro. Sobre a prostituição, Francisco disse que respeita "toda pessoa" e que "cada um é senhor de suas decisões"."Uma coisa é a mulher que quer exercer a prostituição porque gosta ou porque faz uma opção livre para ganhar dinheiro, mas outra são as garotas escravizadas, a escravidão das jovens é um terror."

Estadão Conteúdo