"Os cenários resultantes são profundamente perturbadores, dado os desafios da geopolítica contemporânea, como o terrorismo ou a guerra assimétrica", acrescentou. O pontífice argentino também denunciou a falsa de um sentimento de segurança decorrente das armas de destruição em massa, especialmente armas nucleares. Para ele, a paz entre os povos deveria ser inspirada por "uma ética da solidariedade". A escalada da corrida armamentista também representa "uma despesa considerável para as nações", em detrimento de outras prioridades como a luta contra a pobreza, lamentou. E a mera posse de armas nucleares "deve ser firmemente condenada", insistiu Francisco, destacando "o risco de uma detonação acidental".
Muitos Prêmios Nobel da Paz, como Mohamed El Baradei e Muhammad Yunus, devem falar durante este simpósio de dois dias, intitulado "Perspectivas para um mundo livre de armas nucleares e para o desenvolvimento integral". De acordo com Silvano Tomasi, delegado do papa sobre questões de desarmamento nuclear, o simpósio foi organizado tendo em vista a crise entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
AFP