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Especial

Polícia afirma que ataque em igreja australiana foi ato ‘terrorista”

Ao todo, cinco pessoas ficaram feridas

| Foto: David Gray / AFP / CP

A polícia da Austrália anunciou nesta terça-feira (16) que o ataque a faca em uma igreja assíria de Sydney foi um ato "terrorista" com motivação religiosa, e pediu calma à população local. O agressor, de 16 anos, foi interrompido por fiéis enfurecidos antes de ser detido por policiais. O ataque terminou com cinco feridos: um bispo, o agressor e três paroquianos.

O ataque aconteceu durante uma missa em uma igreja assíria na zona oeste da cidade, e foi transmitido ao vivo. As imagens mostraram um homem se aproximando do altar, com uma faca erguida, e atacando o padre, o que provocou pânico entre os paroquianos. É possível ver várias pessoas correndo para ajudar o religioso.

A AFP verificou que o vídeo foi gravado na paróquia de Cristo Bom Pastor, no bairro de Wakeley, no oeste de Sydney. O bairro abriga a pequena comunidade cristã assíria, composta em grande parte por pessoas que fugiram da perseguição e da guerra no Iraque e na Síria.

O bispo, que foi esfaqueado na cabeça e no abdômen, está em situação estável e sua saúde está "melhorando", informou a igreja nesta terça-feira. "Depois de analisar todo o material, declarei que se tratou de um incidente terrorista", disse em entrevista coletiva a comissária de polícia do estado de Nova Gales do Sul, Karen Webb, acrescentando que o ocorrido foi um ato de extremismo com motivação religiosa, e que as vítimas "têm sorte de estarem vivas".

Ela disse que o suspeito era conhecido da polícia, mas não estava em nenhuma lista de vigilância terrorista. O chefe da principal agência de inteligência da Austrália, Mike Burgess, ressaltou que o suspeito parece ter agido por conta própria e que não há motivo para elevar o nível de ameaça terrorista.

"Neste ponto, parece que foram ações de um indivíduo", afirmou o diretor da Organização Australiana de Inteligência de Segurança. "Nada indica que mais alguém esteja envolvido, mas a investigação continua aberta", acrescentou.

O suspeito sofreu ferimentos nas mãos e foi levado para um local seguro. Além do religioso, outras três pessoas sofreram ferimentos leves. Após o ataque, mais de 500 manifestantes enfrentaram o batalhão de choque, que os impediu de entrar na igreja para agredir o adolescente detido.

As pessoas usaram tijolos, garrafas e outros objetos contra a polícia. Viaturas e algumas casas foram danificadas. A situação ficou mais calma durante a noite, mas a polícia enviou patrulhas adicionais ao bairro para proteger os edifícios religiosos.

Segundo a polícia, a multidão expressou "uma resposta emocional ao que aconteceu na igreja", depois que vários boatos, que não especificou, foram divulgados na internet. O chefe de Governo de Nova Gales do Sul, Chris Minns, fez um apelo de calma em um comunicado conjunto com autoridades cristãs e muçulmanas. "Pedimos a todos que atuem com bondade e respeito ao próximo", escreveram. "Este é o momento de mostrar que somos fortes e que estamos unidos".

AFP