"Definitivamente estamos lidando com o que pensamos ser um 'serial bomber'", estimou Brian Manley. Os investigadores trabalhavam até o momento com a hipótese de crimes racistas, uma vez que as três primeiras explosões fizeram vítimas negras ou hispânicas. Os dois pacotes anteriores causaram a morte de dois afro-americanos: um homem de 39 anos, em 2 de março, e um jovem de 17, em 12 de março. Uma senhora de 72 anos, de origem hispânica, também ficou gravemente ferida em 12 de março. Após esta quarta explosão, que feriu dois homens brancos, as autoridades não excluem nenhuma hipótese.
"Esta é a questão desde o início, trata-se de terrorismo, de crime racista (...) Estamos apenas nas etapas preliminares" da investigação, disse Manley. Os dois homens parecem ter provocado a explosão quando passaram sobre um fio detonador colocado à beira de uma estrada nesta cidade universitária do sul do país. Nos três ataques anteriores, pacotes foram deixados em frente às residências das vítimas. "O suspeito ou suspeitos com os quais estamos lidando têm um nível de sofisticação talvez maior do que imaginávamos no início, em vista dessa mudança de método para um dispositivo mais elaborado", declarou o chefe da polícia.
As autoridades ainda não identificaram qualquer suspeito e voltaram a ressaltar a recompensa de até US$ 115.000 para qualquer informação que ajude. Centenas de policiais trabalham neste caso, incluindo especialistas da FBI (a Polícia Federal americana) e do Escritório do Álcool, Tabaco e Armas de Fogo (ATF, na sigla em inglês). No domingo durante o dia, Manley enviou uma mensagem ao autor, ou autores, desses ataques. "Queremos compreender o que o levou a fazer isso e queremos ouvi-lo", declarou.
AFP