Os investigados, entre eles Carles Puigdemont, presidente destituído da Catalunha, participaram da declaração unilateral de independência da região no mês passado, processo separatista não reconhecido pelo governo central da Espanha.
O comparecimento ao juiz, que decidirá sobre cinco euroordens, se dará a portas fechadas. A Euroordem (ordem europeia de prisão e entrega) é um instrumento que substitui a extradição, mas funcionaria de forma semelhante, sendo a Justiça belga, responsável por avaliar o caso e enviar os acusados de volta à Espanha.
Carles Puigdemont e os seus quatro exconselheiros já estão no Palácio da Justiça belga. Todos eles vão prestar depoimentos hoje. No entanto, o juiz não é obrigado a tomar a decisão no mesmo dia. Seja qual for a decisão, a defesa pode recorrer o processo poderá se alongar até janeiro ou fevereiro de 2018. Estão marcadas para o dia 21 de dezembro as novas eleições na Catalunha. O pleito foi agendado após o governo central da Espanha acionar o artigo 155 da
Constituição espanhola, que suspendeu temporariamente a autonomia da região e destituiu Puigdemont e outros políticos envolvidos no processo separatista.
Carles Puigdemont fez uma provocação pública ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, em que pede que as instituições europeias abram uma nova etapa de diálogo e negociação, caso os separatistas vençam as eleições de 21 de dezembro. "Se a maioria do povo catalão quer ser independente, é uma resposta real, uma realidade, e nós temos que fazer política com a realidade, não com a fantasia", disse Puigdemont em uma entrevista ao ex primeiro-ministro escocês, Alex Salmond.
Agência Brasil