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Ponto de não retorno para aquecimento irreversível pode ter sido superado

Cientista alemão destacou que estudo nos próximos anos revelará se ainda será possível salvar a camada de gelo do Ártico

Estudo nos próximos anos permitirá avaliar se ainda é possível salvar a camada de gelo do Ártico | Foto: Lianna Nixon / University os East Anglia / Reprodução / CP

O ponto de não retorno para um aquecimento irreversível pode ter sido superado, advertiu nesta terça-feira o cientista alemão que comandou a maior expedição enviada ao Ártico. "Apenas o estudo dos próximos anos nos permitirá saber se ainda podemos salvar a camada de gelo do Ártico, presente o ano todo graças a uma proteção do clima, ou se já atravessamos o ponto de não retorno", disse Markus Rex, oito meses após o retorno da missão internacional que passou um ano no Ártico.

"O desaparecimento do gelo de verão Ártico é uma das primeiras minas neste campo minado, um dos primeiros pontos de não retorno a que chegamos quando vamos longe demais no aquecimento" (global), completou o cientista em uma entrevista coletiva em Berlim, ao lado da ministra da Educação e Pesquisa, Anja Karliczek. De fato, "podemos nos perguntar se já não estamos caminhando sobre esta mina e ativamos o início da explosão", disse.

Se este ponto irreversível for ultrapassado, isto pode gerar consequências "de efeito dominó" para o planeta, advertiu o cientista e "agravar ainda mais o aquecimento com o desaparecimento da calota polar da Groenlândia ou o degelo de zonas amplas do permafrost do Ártico"

A maior expedição enviada ao Polo Norte, chamada Mosaic, retornou a Alemanha em outubro e seus líderes alertaram sobre a ameaça que existe para a camada de gelo, que desaparece a uma "velocidade dramática".Durante os 389 dias no mar, as equipes a bordo do quebra-gelo "Polarstern" coletaram muitas informações sobre a mudança climática, sobretudo nos meses que o navio permaneceu à deriva no gelo do Polo Norte.

O retrocesso do gelo é considerado pelos cientistas o "epicentro do aquecimento global", segundo Rex.

AFP