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Portugal reconhece culpa por escravidão no Brasil e fala em reparação

Presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que governo articula como faria algum tipo de compensação

Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa | Foto: Francisco Leong / AFP / CP

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse nessa terça-feira que o país "assume toda a responsabilidade" pelos crimes cometidos durante a escravidão e a era colonial no Brasil, segundo informações do jornal português Correio da Manhã. O chefe de Estado defendeu ainda a necessidade de indenizações.

As declarações foram dadas à imprensa internacional durante um evento com correspondentes. Sousa referiu-se a Portugal como um país responsável pelos erros do passado, realçando que crimes como os massacres coloniais tiveram "custos". "Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram roubados e não foram devolvidos. Vamos ver como podemos reparar isso", acrescentou.

Portugal traficou aproximadamente 6 milhões de africanos, ultrapassando outras nações europeias. O presidente reconheceu que assumir responsabilidades pelo passado se trata de um passo mais importante do que pedir desculpa. "Pedir desculpa é a parte mais fácil", concluiu.

Por 388 anos o Brasil teve sua economia ligada ao trabalho escravo: extração de ouro e pedras preciosas, cana-de-açúcar, criação de gado e plantação de café. Foi do ministro da Agricultura e Conselheiro do Império, Rodrigo Augusto da Silva, a autoria do projeto de lei que extinguiu a escravidão. Apresentado à Câmara Geral, que hoje corresponde à Câmara dos Deputados, no dia 8 de maio de 1888, foi votado e aprovado nos dias 9 e 10 de maio.

Correio do Povo