Eles estiveram primeiro na Galícia; depois, em Torrejón de Ardoz; e, por último, em Pioz, sem que saiba até
agora o motivo de terem entrado no país. Uma das hipóteses é que eles estivessem fugindo, acrescentou a mesma fonte. Os agentes não encontraram sinais de que os assassinos tenham forçado a entrada na casa e consideram que os corpos estivessem há um mês no local.
"A casa não estava arrombada, nenhuma janela, porta, nem nada", disse o porta-voz da Guarda Civil à AFP. "A investigação está sob segredo de Justiça e ainda não esclarecemos as causas. Parece que foi feito por profissionais", acrescentou o porta-voz. As autoridades apontam também que poderia se tratar de um ajuste de contas. "Tudo indica que isso ocorreu, devido a um acerto de contas", assinalou à imprensa José Julián Gregorio, delegado do governo em Castilla-La Mancha, região de Pioz.
A Guarda Civil foi alertada no domingo por um vizinho que reclamou do mau cheiro que saía da casa, situada em uma área residencial nos arredores desse povoado de menos de 4 mil habitantes. Para essa corporação, há elementos intrigantes no crime que devem ser investigados. "O que está claro é que a forma como os corpos apareceram indica uma intenção de não deixar pistas e se desfazer (deles)", apontou tenente-coronel e investigador da Guarda Civil, Jesús García. "Dá a impressão de que isso acontece em um determinado momento, porque não é lógico que os cadáveres tenham aparecido lá" dentro da casa, acrescentou.
Vários vizinhos entrevistados na televisão indicaram que a família alugava a casa e que ninguém foi visto na rua desde que eles se mudaram, no final de julho. A casa, que tem uma piscina, e foi isolada pela polícia local, encontra-se em uma área vigiada 24 horas por dia.
A Prefeitura decretou dois dias de luto e, na terça-feira, será feito um minuto de silêncio ao meio-dia.
AFP