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Projeto de lei todo redigido no feminino gera polêmica na Alemanha

Iniciativa foi rejeitada pelo Ministério do Interior, que pediu para o texto ser reescrito

Projeto de lei todo redigido no feminino gera polêmica na Alemanha | Foto: Marcel Kusch / POOL / AFP / CP

O Ministério do Interior alemão se opôs a um projeto de lei elaborado pelo Ministério da Justiça, no qual apenas o feminino genérico era usado, garantindo que sua aceitação iria contra a Constituição.

A social-democrata Christine Lambrecht, a cargo do Ministério da Justiça, decidiu escrever em feminino todos os títulos e funções que figuram no projeto sobre administração judicial e insolvência. Por exemplo, o projeto usa genericamente "diretora" em vez de "diretor", ou "consumidora", no lugar de "consumidor".

A iniciativa foi rejeitada pelo Ministério do Interior, liderado pelo conservador nascido na Baviera, Horst Seehofer, que espera que o projeto seja reescrito, disse seu porta-voz, Steve Alter. "O masculino genérico, ou seja, o uso da forma masculina de linguagem, é reconhecido para pessoas de ambos os sexos", disse o porta-voz da pasta. "O feminino genérico não é linguisticamente aceito até hoje", completou.

O Ministério da Justiça acatou a revisão do projeto antes de sua apresentação ao Conselho de Ministros e esclareceu que a elaboração do texto "ainda não está concluída", conforme sua porta-voz, Ariane Keitel.

Esta iniciativa despertou a ira do partido conservador da chanceler Angela Merkel, o CDU, que aguarda a rápida apresentação deste projeto de lei. O texto tem como objetivo evitar a falência de muitas empresas alemãs afetadas pela pandemia, propondo prorrogar o período de tempo até que uma empresa se torne insolvente. "Cara Sra. Lambrecht, escolha qualquer outra lei para esses truques", disse o secretário-geral do Conselho Econômico do Partido Democrata-Cristão, Wolfgang Steiger. "O tempo de reforma da lei está-se esgotando, mas o Ministério Federal da Justiça não leva isso a sério", acrescentou.

Já o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) comparou a iniciativa ao "comportamento provocador de uma criança, algo que não é digno de um ministro". A Associação da Língua Alemã (VDS) alertou que "usar essa formulação enganosa convida diretamente a impugnar uma lei".

AFP