Em Cartum, no Sudão, as forças de segurança também lançaram gás lacrimogêneo contra os cerca de 10 mil manifestantes que se aproximavam da embaixada americana, depois de terem atacado a embaixada da Alemanha e da Grã-Bretanha. Centenas de agentes foram posicionados para bloquear a rua onde fica o consulado, enquanto os manifestantes se aproximavam aos gritos "Deus é grande" para protestar contra o filme americano que ofende Maomé.
Mais cedo, quase 5 mil manifestantes islamitas incendiaram a embaixada da Alemanha em Cartum, depois de arrancar a bandeira do país e substituí-la por um símbolo islamita. Os funcionários da embaixada estão a salvo, informou o governo alemão em Berlim. Os manifestantes bloquearam o tráfego para impedir a aproximação dos bombeiros.
O longa-metragem, intitulado "A Inocência dos Muçulmanos", faz referência à vida de Maomé, abordando temas como a homossexualidade e a pedofilia, além de apresentar os muçulmanos como imorais e gratuitamente violentos. O filme foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio".
AFP