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Protestos deixam pelo menos quatro iraquianos mortos em Bagdá

Manifestações denunciam corrupção e condição econômica do país

Já são 19 mortes em três dias de protestos no país | Foto: Ahmad Al-Rubaye / AFP / CP

Ao menos quatro manifestantes foram mortos a tiros nesta quinta-feira na cidade de Amara, ao Sul de Bagdá, no terceiro dia de manifestações no país, informaram fontes médicas e policiais. Com estas mortes, o número de vítimas fatais sobe para 19 em atos violentos no Iraque nos últimos três dias, durante os protestos organizados para denunciar a corrupção e as difíceis circunstâncias econômicas do país.

A polícia iraquiana atirou para o alto nesta quinta-feira para dispersas manifestantes que incendiavam pneus em uma praça do centro de Bagdá, apesar do cessar-fogo decretado nas últimas horas. Os manifestantes se afastaram das ruas próximas da praça Tahrir, no terceiro dia de protestos que já deixou outros 14 civis e um policial.

Um manifestante afirmou que dormiu no local para evitar que os policiais retomassem o controle da praça, mas os agentes expulsaram os participantes. Em Bagdá e em outras cidades iraquianas, como Najaf e Nasiriyah, os manifestantes continuam bloqueando estradas e incendiando pneus diante de edifícios oficiais.

Em Nasiriyah, nove pessoas morreram desde terça-feira - oito manifestantes e um policial -, informaram as autoridades locais. Dois manifestantes morreram em Bagdá e outros dois em Kut, na região Leste do país. Mais de 400 pessoas ficaram feridas em todo o país.

As manifestações, que não têm o comando de um partido ou líder religioso, são motivadas pela deficiência dos serviços públicos e o desemprego. O principal líder xiita do país, Moqtada Sadr, pediu na quarta-feira, no entanto, "protestos pacíficos e uma greve geral" para aumentar a pressão.

Sadr foi o principal nome por trás da revolta de 2016, que paralisou o governo. As manifestações denunciam sobretudo a classe política do país, que aparece no 12º lugar na lista de nações mais corruptas do mundo da organização Transparência Internacional.

AFP