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Protocolo contra piquetes e monitoramento de trens: as medidas de Milei contra a greve geral na Argentina

Marcha prevista para esta quarta protesta contra decreto do regime trabalhista

Marcha prevista para esta quarta protesta contra decreto do regime trabalhista | Foto: Luis Robayo / AFP / CP

Marcada para as 12h (horário local), a greve geral na Argentina será o primeiro grande desafio do presidente Javier Milei. O governo argentino criou um "protocolo contra piquetes" que irá vigorar durante todo o dia para conter de diversas formas as manifestações convocadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT). As informações são do jornal La Nación.

O Ministério da Segurança, comandado por Patrícia Bullrich, entende que a confederação não está habilitada para autorizar ou restringir nenhum tipo de circulação de pessoas. A marcha prevista no centro de Buenos Aires será controlada, assim como as estações de trem e o andamento de veículos.

A CGT, de orientação peronista, rejeita, principalmente, as alterações por decreto do regime trabalhista promovidas por Milei, que limitam o direito à greve e afetam o financiamento dos sindicatos.

"Nenhum sindicato está em posição de ceder nem um centímetro do que foi conquistado", afirmou Facundo Moyano, vice-secretário-geral da CGT, que também rejeita uma lei de corte de gastos e desregulamentação da economia discutida no Congresso, onde o governismo é minoria. Também aderiu à convocação a Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), segunda maior central sindical, assim como as Mães e Avós da Praça de Maio.

Organizações internacionais de cidadãos e sindicais convocaram a mobilização em favor dos manifestantes argentinos e são esperados atos em Montevidéu, Madri, Londres, Paris e Berlim, entre outras cidades.

Tentativa de conter a inflação

Essa será a primeira manifestação de alcance nacional contra o governo e suas medidas draconianas de ajuste, com as quais busca conter a inflação, que chegou a 211% em 12 meses, um recorde em 30 anos. Em dezembro, o consumo diminuiu 13,7% no mesmo período e a produção das pequenas indústrias caiu 26,9%, segundo a câmara empresarial Came.

A desvalorização da moeda em 50% e a liberação dos preços dos combustíveis, entre outras decisões de Milei, também reduziram drasticamente o poder aquisitivo dos assalariados e aposentados, e o descontentamento se refletiu nas ruas.

Ainda assim, pesquisas mostram que o presidente mantém uma imagem positiva entre 47% e 55% dos entrevistados. A greve, de 12 horas, terá início ao meio-dia, com uma passeata da sede da CGT até o Congresso. "A paralisação irá mostrar que existem duas Argentinas, uma que quer ficar atrasada, no passado, na decadência", disse o presidente.

Correio do Povo