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Putin levanta especulações sobre saída do Kremlin em 2024

Presidente russo comentou possível reforma constitucional que limite mandatos

Alteração proposta pode impedir que Putin volte a ocupar presidência da Rússia | Foto: Aleksey Nikolskyi / SPUTNIK / AFP / CP

Um comentário enigmático de Vladimir Putin sobre a limitação do número de mandatos presidenciais reviveu nesta quinta-feira as especulações sobre sua saída do Kremlin em 2024. Durante sua coletiva de imprensa anual, o presidente russo foi questionado sobre uma reforma da Constituição, em particular sobre a proibição de exercer mais de "dois mandatos consecutivos".

"O que poderia ser feito com relação a esses mandatos é suprimir o termo 'consecutivo' quando se refere à função presidencial", afirmou. Se esse termo fosse removido da Constituição, excluiria qualquer possibilidade do retorno de Vladimir Putin ao Kremlin após 2024, quando seu segundo mandato atual expira.

De fato, ele já não pode deixar a presidência por um tempo e depois voltar a exercê-la, como fez em 2012, após quatro anos (2008-2012) como primeiro-ministro. Neste momento, "este fiel servidor cumpre seus dois mandatos, deixa a função e depois terá o direito de retornar ao cargo de presidente porque já não se trata mais de dois mandatos consecutivos", afirmou o chefe de Estado russo.

Mas esse tipo de alternância "incomoda certos cientistas políticos e atores da sociedade e pode ser eliminada. Possivelmente", alertou. Até agora, Putin havia manifestado interesse em manter os mandatos consecutivos.

A diretora da rede de televisão RT, financiada pelo Estado russo, Rusia Margarita Simonian, considerou que essas palavras de Putin não foram o resultado do acaso e que ele decidiu deixar a presidência. "Se alguém se pergunta se cumprirá um novo mandato presidencial. A resposta é não", tuitou. 

Após sua última reeleição, em 2018, houve muita especulação sobre as intenções de Putin para depois de 2024. Até agora, o Kremlin considerou prematuro tratar dessa questão, e o presidente russo tem mais de quatro anos de governo.

AFP