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Especial

Reino Unido vai colaborar com talibãs se voltarem ao poder no Afeganistão

Iniciativa considerada polêmica foi amenizada pelo ministro britânico Ben Wallace

| Foto: Drew Angerer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O Reino Unido vai colaborar com os talibãs no Afeganistão, se chegarem ao poder e respeitarem os direitos humanos - afirmou o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, nesta quarta-feira (14). "Qualquer que seja o governo estabelecido, o governo britânico vai cooperar com ele, desde que se cumpra certas normas internacionais", disse Wallace, em uma entrevista publicada pelo jornal The Daily Telegraph.

O ministro reconheceu que a perspectiva de trabalhar com os talibãs pode ser polêmica, já que 457 militares britânicos morreram no Afeganistão. Wallace alegou, no entanto, que "qualquer processo de paz requer um acordo com o inimigo".

Há 20 anos estacionadas no Afeganistão no âmbito de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos sob a égide da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as tropas estrangeiras iniciaram sua retirada no início de maio. A previsão é que esta saída esteja concluída até o final de agosto.

Desde então, há dois meses, os talibãs lançam ofensivas contra as forças afegãs. Já assumiram o controle de grandes áreas rurais e dizem controlar 85% do Afeganistão. Recentemente, os insurgentes tomaram o controle de importantes postos de fronteira com Irã, Turcomenistão e Tadjiquistão, assim como de vários distritos das províncias próximas a Cabul.

Possível ataque 

Esta movimentação aumenta os temores de um possível ataque, em breve, à capital e a seu aeroporto. Este último é a única saída da cidade disponível para cidadãos estrangeiros. O ministro britânico considerou que os talibãs buscam "reconhecimento internacional" para obter financiamento e apoio para reconstruir o país - "e isso não se faz com um capuz de terrorista". "Devem ser um parceiro para a paz. Caso contrário, correm o risco de ficarem isolados", alertou.

Diante do impasse das negociações oficiais em Doha, Wallace convocou os talibãs e o presidente afegão, Ashraf Ghani, para colaborarem para alcançar a estabilidade do país, após décadas de conflito. 

AFP