Ryan foi reeleito por 239 votos contra 189 da sua concorrente, a democrata Nancy Pelosi. Cinco representantes votaram em outros nomes. O republicano, de 46 anos, se disse "honrado de ser eleito presidente da Câmara". Ele construiu boa parte de sua carreira no Congresso e foi vice na chapa de Mitt Romney na disputa pela Casa Branca em 2012, quando Barack Obama se reelegeu.
Em outubro de 2015, Ryan se tornou "porta-voz" de uma rebelião da ala ultraconservadora do partido. Junto com o líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, Ryan terá a responsabilidade de aplicar o enorme programa legislativo dos conservadores, até agora em choque com a agenda de Obama.
Altos e baixos
As relações de Ryan com Donald Trump tiveram altos e baixos. Na campanha eleitoral, distanciou-se do candidato pela linguagem usada por ele, assim como por suas propostas, chamando muitas delas de "racistas". O cenário mudou após a vitória do magnata, quando Ryan e Trump deixaram suas diferenças de lado, prometendo ampla colaboração.
Trump e os republicanos parecem convergir em um extenso roteiro que inclui, em particular, a revogação da reforma de Saúde preconizada pelo presidente - o chamado "Obamacare" -, a construção de um muro (ou cerca) na fronteira com o México e a redução e simplificação dos impostos.
Os republicanos contam com uma maioria importante na Câmara (241 cadeiras contra 194 dos democratas) e no Senado (52 republicanos contra 48 democratas), o que será essencial para que Trump consiga avançar nos vários pontos da conservadora agenda de seu partido.
Agência Brasil