Mais de um milhão de muçulmanos rohingyas vivem, hoje, em gigantescos acampamentos de refugiados no sul de Bangladesh. Deles, cerca de 655 mil fugiram do país vizinho desde o final de agosto para escapar de uma campanha militar considerada como "limpeza étnica" pelas Nações Unidas.
Bangladesh e Mianmar chegaram a um acordo sobre um programa para permitir o retorno, em até dois anos, dos rohingyas que chegaram a Bangladesh desde outubro de 2016. O cálculo é que sejam pelo menos 750 mil pessoas. O processo pode começar na semana que vem.
Maior minoria apátrida do mundo desde que perderam o direito à nacionalidade birmanesa em 1982 durante o regime militar, os rohingyas são vítimas de discriminação no território. Não têm documentos de identidade e não podem viajar, ou se casar sem autorização. Não têm acesso ao mercado de trabalho, ou a serviços públicos, como escolas e hospitais.
Agência Brasil