"Prefiro surfar em água fria, por isso vim aqui", explica Unn Holgersen, veterinária de 32 anos instalada há um ano em Svolvaer. "Adoro essa sensação de sair do oceano e morrer de frio e ter que colocar os pés em um balde de água quente e me trocar rapidamente", diz. "Além disso temos dias límpidos, não há muita gente e o cenário é bonito. É o pacote completo".
O lugar é especialmente espetacular: um amplo horizonte aberto e uma sucessão de cumes nevados que afundam na água a cada lado da praia. Um pouco ao norte do círculo polar ártico, se situa na mesma latitude que o norte da Sibéria e do Alasca. Mas é possível se banhar nas suas águas durante o ano todo graças à influência da Corrente do Golfo, um fluxo oceânico quente que cruza o Atlântico a partir do Caribe e toca o litoral norueguês.
"As ondas são melhores no inverno, são ondas de qualidade, normalmente são maiores e consistentes", explica Lisa Blom, de 38 anos e gerente de um hotel a uma hora de estrada. A vantagem no verão é a luz permanente, pode-se surfar a qualquer hora. "Em 24 horas é possível viver todo tipo de experiências extraordinárias: fazer snowboard de manhã, surfar à tarde e admirar a aurora boreal à noite", explica Tommy Olsen, chefe do clube de surfe de Unstad.
AFP