Outros três acusados não foram julgados por razões processuais. Seu processo foi adiado para uma data não determinada. As forças de segurança realizaram em outubro diversas detenções na capital egípcia. O Ministério Público acusou as pessoas de praticar relações sexuais "anormais" - ou seja, homossexuais - e de incitar a libertinagem.
As autoridades egípcias lançaram uma campanha de repressão contra a comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros - após um show da banda libanesa Mashrou' Leila, no fim de setembro, no Cairo, onde parte do público exibiu a bandeira do arco-íris, símbolo desta comunidade.
As forças de segurança escoltaram os acusados "sob alta vigilância" até o local onde ouviram o julgamento, indicaram fontes judiciárias e de segurança. Uma fonte de segurança declarou que eles serão libertados algumas horas após o pagamento da fiança.
A lei egípcia não proíbe a homossexualidade em si, mas os tribunais utilizam as incriminações de "libidinagem" ou "prostituição" para condenar as relações entre pessoas do mesmo sexo, sobretudo homens.
No começo do mês, a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional condenou uma proposta de lei que criminaliza a homossexualidade como sendo "profundamente discriminatória", qualificando-o de "revés para os direitos do homem".
AFP