Diante da imprensa e acompanhado pelo ex-jogador de futebol americano Jim Brown, "Ye", como quer ser chamado agora, foi ao Salão Oval com seu famoso boné vermelho com o slogan de campanha de Trump: "Tornar a América grande de novo". "Acontece alguma coisa quando coloco esse boné, me sinto como o Super-Homem, é o meu super-herói favorito", afirmou Kanye West. Depois disse que "admira" o presidente americano e o setor industrial, "sem políticas nem besteiras", continuou. Usando uma linguagem inadequada para a solenidade do lugar, assegurou ter tido "culhão" para usar o boné.
Depois explicou, em nome do protecionismo econômico proclamado por Trump, que pediu à empresa de colchões Casper para realocar seus locais de produção em território americano. Em um turbilhão de palavras, também se abriu a conselhos sobre a bipolaridade que lhe foi diagnosticada, explicando que simplesmente tinha insônia. Em seguida, desbloqueou o seu iPhone diante das câmeras revelando a sua senha, pouco criativa: 00000. No final do seu monólogo, durante o qual Trump simplesmente assistiu, os dois se abraçaram, antes de saírem para almoçar longe das câmeras. "Vou lhe dizer uma coisa: foi impressionante", comentou o bilionário republicano.
Kanye West começou a apoiar Trump depois da sua eleição, em novembro de 2016, inclusive fazendo uma visita à Trump Tower em Nova Iorque. Desde então, Kanye aparece regularmente com o boné vermelho usado nesta quinta-feira e já declarou considerar o presidente um "irmão". "Quando Kanye revelou (a sua posição) há alguns meses, algo aconteceu, eu subi 25% nas pesquisas, nunca vi isso, é muito seguido na comunidade negra", assegurou Trump em uma entrevista essa manhã ao canal conservador Fox News. "Tenho muito apoio entre os afro-americanos", assegurou.
AFP