As medidas anunciadas eram previstas na lei marcial promulgada pelo Parlamento ucraniano na semana passada. O plano terá duração de 30 dias. "A Ucrânia está tomando os seus próprios passos em resposta à ameaça de uma invasão russa", disse Poroshenko. Durante o final de semana, o presidente afirmou que os russos movimentaram tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia, que também acusou Moscou de bloquear os portos do país no Mar de Azov.
Um porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, negou as acusações e classificou-as como "uma tentativa absurda de fomentar as tensões". "As acusações contra a Rússia não têm base nenhuma", disse. Sobre os portos em Azov, disse que a navegação continua normal, exceto por ocasionais pausas por causa do mau tempo.
O movimento das tropas russas fizeram parte de um treinamento envolvendo um sistema de mísseis anti-navios de longo alcance, disse Peskov. A convocação vem após a escalada da tensão entre a Ucrânia e a Rússia, que em 25 de novembro capturou três navios ucranianos em águas russas no Mar Negro e mantém presos os 23 membros da tripulação em prisões em Moscou. Eles foram interrogados por agentes de inteligência russos.
Na sexta-feira passada, Kiev proibiu a entrada de homens russos em idade militar (de 16 a 60 anos de idade) no país sob o pretexto de prevenir que "Exércitos privados" lutem em solo ucraniano. A lei marcial da Ucrânia ainda prevê poderes especiais ao presidente, imposição do toque de recolher e limitação à imprensa. Poreshenko afirmou que Kiev tentou marcar uma conferência por telefone com Putin para discutir o embate, mas teve uma recusa de Kremlin. Peskov disse nesta segunda que "nenhuma conversa foi marcada".
AE