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Vítimas chilenas de abusos sexuais relatam seus dramas ao Papa

Reuniões que duraram cerca de duas horas foram descritas como sinceras e enormemente construtivas

Reuniões que duraram cerca de duas horas foram descritas como sinceras e enormemente construtivas | Foto: Andreas Solaro / AFP / CP
O Papa Francisco se reuniu neste sábado, no Vaticano, com o médico James Hamilton, uma das vítimas chilenas dos abusos sexuais cometidos pelo padre Fernando Karadima. "Terminada reunião com o Santo Padre, algo mais de duas horas, sincera, acolhedora e enormemente construtiva", escreveu Hamilton no Twitter.

Na sexta-feira, o Papa recebeu José Andrés Murillo, que também utilizou o Twitter para relatar o encontro: "conversei duas horas com o Papa, e de maneira muito respeitosa e franca lhe expressei a importância de entender os abusos como um abuso de poder". Murillo, doutor em filosofia, foi um dos primeiros a denunciar, em 2003, o assédio sexual constante sofrido quando era estudante por parte de Karadima. Murillo explicou que falou com o Papa argentino "sobre a necessidade de assumir a responsabilidade e os cuidados, e não apenas o perdão".

Muitas vítimas de abusos sexuais afirmam que apenas o pedido de perdão é insuficiente, e exigem justiça e o desmonte do antigo esquema pelo qual a hierarquia da Igreja encobre religiosos abusadores em todo o mundo. No domingo, o Papa se reunirá com o jornalista Juan Carlos Cruz, a terceira vítima chilena, e na segunda-feira conversará com os três conjuntamente. As três vítimas estão hospedadas desde a sexta-feira na Casa Santa Marta, a residência do Papa no Vaticano.

Segundo o Vaticano, o Papa não prevê emitir qualquer declaração oficial após as reuniões. A "prioridade é escutar as vítimas, pedir seu perdão e respeitar a confidencialidade destas conversas". Fontes do Vaticano destacaram que o Papa não quer apenas mostrar seu compromisso na luta contra a pedofilia dentro da Igreja, mas também enfrentar o escândalo sobre este caso que obscureceu sua visita em janeiro passado ao Chile. Os três prometeram dar uma entrevista coletiva no dia 3 de maio para contar sobre as reuniões com o Papa.

AFP