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Vítimas da talidomida na Austrália receberão 60 milhões de euros de indenização

Produto foi comercializado nas décadas de 50 e 60 como sedativo para grávidas

As vítimas da talidomida na Austrália, um medicamento que provocou más-formações em milhares de crianças em todo o mundo nos anos 1950 e 1960, receberam 89 milhões de dólares australianos (60 milhões de euros), anunciaram os advogados.

Os assessores legais de 100 demandantes australianos e neozelandeses apresentaram à Corte Suprema do estado de Victoria o acordo financeiro concluído com o grupo britânico Diageo, que comprou a Distillers Company, distribuidora do remédio contra náuseas que foi proibido em 1961. "O resultado obtido demonstra sua coragem", afirmou o advogado Peter Gordon.

Assim como milhares de crianças, Monica McGhie nasceu sem braços e sem pernas depois que sua mãe tomou talidomida durante a gravidez. "Minha vida é uma batalha incessante há 50 anos. Este acordo não mudará em nada o meu calvário mudará, mas me permitirá enfrentar o futuro com mais confiança, sabendo que terei os meios econômicos para receber o atendimento médico que preciso", afirmou.

Comercializada como sedativo


A talidomida, produzida pelo grupo alemão Grunenthal, foi comercializada a partir de 1956 como sedativo para aliviar as náuseas das mulheres grávidas. Foi utilizada em todo o mundo e provocou efeitos terríveis sobre os fetos. Os cálculos estimam que entre 10 mil e 20 mil bebês nasceram sem pedaços dos braços ou pernas, ou com as mãos ou pés diretamente colados ao tronco.

Depois das graves más-formações congênitas, incluindo anomalias cardíacas e renais, a talidomida foi retirada do mercado em 1961. Depois da catástrofe, as exigências prévias para a comercialização dos medicamentos foram instauradas ou reforçadas, segundo os países.

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AFP