person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Vítimas de abuso sexual na Igreja chilena exigem justiça

País vivenciou onda de denúncias após escândalos envolvendo cardeais

Vítimas de abuso sexual na Igreja chilena exigem justiça | Foto: Martin Bernetti / AFP / CP
Vítimas de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja católica chilena se manifestaram nesta segunda-feira diante da Catedral de Santiago para exigir justiça, sensibilizar a sociedade e acabar definitivamente com a cortina de silêncio imposta pelas autoridades eclesiásticas em todo o mundo. Com velas acesas para representar a verdade que ilumina o caminho das vítimas e com flores para lembrar os que ainda sofrem em silêncio, dezenas de pessoas se somaram à declaração de "Outra igreja possível".

Estamos presentes "porque ainda há muitas pessoas que não podem falar, há pessoas que foram silenciadas pelo abuso, silenciadas pelo trauma, silenciadas pela hierarquia da Igreja", disse à AFP Juan Andrés Murillo, vítima de abusos sexuais do padre Fernando Karadima. "Este ano foi marcado por uma ruptura desta casca de silêncio, há muitas
vítimas, centenas de milhares de vítimas em todo o mundo, que agora estão elevando a voz", declarou Murillo, um dos pilares da luta no Chile contra décadas de impunidade.

• Papa aceita renúncia de arcebispo australiano culpado de acobertar abusos sexuais

Murillo destacou a carta publicada nesta segunda-feira pelo Vaticano, na qual o Papa Francisco condena "as atrocidades" cometidas por padres na Pensilvânia, Estados Unidos, contra mais de mil crianças. O ativista recordou que a justiça chilena chamará para depor o arcebispo de Santiago, cardeal Ricardo Ezzati, denunciado por encobrir abusos sexuais de outros padres.

Até o momento, há 73 pessoas investigadas judicialmente em 38 processos em curso, que envolvem uma centena de vítimas, a maioria menores de idade quando ocorreram os abusos.

AFP