"Sugiro ao governo britânico que pense muito bem em por que terminaram aqueles tempos nos quais os velhos impérios e os novos faziam conosco o que queriam", enfatizou Chávez. O aliado do presidente equatoriano, Rafael Correa, não especificou, contudo, que tipo de ação planeja adotar.
O Equador anunciou na semana passada a concessão de asilo diplomático a Assange por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no Wikileaks. Quito aceitou os argumentos de Assange, que denuncia uma perseguição política de vários países, principalmente dos Estados Unidos, devido à divulgação de centenas de milhares de comunicados diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Assange entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, depois de esgotar todas as opções legais contra um pedido de extradição à Suécia. Na quarta-feira passada, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, denunciou a ameaça das autoridades britânicas de invadir a sede diplomática equatoriana. O Foreign Office reagiu às declarações de Patiño afirmando que apenas "chamou a atenção do Equador sobre as disposições da legislação britânica, entre elas as garantias sobre os direitos humanos em nossos processos de extradição e o status legal das sedes diplomáticas", em referência à lei de 1987 que permite, em certas condições, suspender a imunidade.
AFP