O comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), tenente-coronel Kleber Rodrigues Goulart, contou que a ligação da mãe para o vigilante facilitou a negociação. “Dede o início da operação conseguimos criar um vínculo. Ele se perturbou no meio da madrugada com a repercussão do caso, já que estava ouvindo algumas rádios. A gente falou para a mãe o que ela deveria dizer e a situação se tranquilizou”, comentou.
O subcomandante da BM, coronel Silanus de Oliveira Melo, destacou o desfecho positivo da ação dos policiais na zona Norte. “Ele largou a arma e saiu do local desarmado. Chegamos ao final da ocorrência sem violência. Salvamos duas vidas”, disse.
Pouco depois das 7h, Paulo Roberto havia libertado o jovem de 19 anos que eram mantido como refém na casa do loteamento Arco Íris, bairro Humaitá. O cárcere privado começou na noite dessa segunda-feira, quando o homem invadiu a residência da ex-companheira, inconformado com o término do relacionamento. Ele estava separado há cerca de um mês e foi à procura da ex-mulher para, possivelmente, tentar reatar o relacionamento.
Por volta das 20h, o homem armado com um revólver calibre 38 rendeu o ex-enteado e esperou a ex-companheira chegar do trabalho. Quando a mulher retornou, o vigilante propôs trocar o rapaz pela mulher, mas policiais do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que já haviam chegado ao local, não permitiram.
Às 21h40min, o BOE chegou ao local e o major Mário Augusto assumiu o comando da operação. Cerca de 20 viaturas da BM foram acionadas, além de três ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de urgência (Samu) e uma caminhão do Corpo de Bombeiros.
Pelo menos 80 policiais militares foram deslocados para atender a ocorrência. Moradores das casas mais próximas foram retirados pela polícia para evitar riscos em um possível confronto.
Correio do Povo e Rádio Guaíba