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Especial

Após prisão de suspeito de matar advogado, Polícia busca esclarecer motivo do crime

Agentes fizeram operação especial para efetuar a prisão do autor dos disparos

Delegado Paulo César Jardim explicou que Polícia Civil utilizou câmeras para fazer mapeamento do crime | Foto: Álvaro Grohmann / Especial CP

A Polícia Civil prossegue com a investigação para elucidar a morte do advogado Gabriel Pontes Fonseca Pinto, 28 anos, ocorrida no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, pois a prisão do autor do crime, de 23 anos, não esclareceu ainda se o crime foi uma tentativa de assalto ou um assassinato. O suspeito, já reconhecido por testemunhas, não se manifestou no interrogatório realizado na quinta-feira após ter sido preso no Morro da Cruz. 

Na manhã desta sexta-feira, o titular da 1ªDP, delegado Paulo César Jardim, explicou que 34 câmeras de monitoramento existentes no bairro e no entorno foram mapeadas. “Essas câmeras vão ajudar em muito”, frisou. O advogado pode ser visto nas imagens, mas os agentes querem verificar se o assassino também aparece nelas, já que permanece incerto o momento em que a vítima passou a ser seguida. “Estamos investigando um crime de morte. O tipo penal não está definido. Temos o autor, sabemos quem matou, quem deu o tiro. Muitos pontos faltam a ser esclarecidos”, enfatizou. “É um trabalho exaustivo”, admitiu.

A caminhada do advogado pelo bairro, realizada na tarde do último 23 de março, foi refeita pelos policiais civis. O delegado Paulo César Jardim explicou que o objetivo foi saber o que a vítima havia feito naquele dia. “Fizemos um cronograma que mostra passo a passo o que ele fez. Às 12h30min almoçou com a mãe dele, às 14h30min saiu da casa da mãe e foi ao Foro Central de Porto Alegre, onde às 14h57min ele tirou um processo. Às 15h40min ligou para a namorada marcando uma janta à noite, às 15h44min foi a uma lotérica onde fez uma aposta, às 15h57min foi em um supermercado onde pegou o dinheiro, às 16h04min foi em um banco onde tentou fazer um depósito e saiu. Às 16h08min ocorreu a morte”, relatou. O crime ocorreu na esquina das ruas General Lima e Silva e Alberto Torres.

O inquérito possui cinco testemunhas consideradas peças-chaves de um total de 15 que prestaram depoimentos pois viram e ouviram o momento exato do crime. Elas já reconheceram o indivíduo preso como o autor dos disparos contra a vítima. Uma delas ouviu o criminoso dizer várias vezes a frase “me dá o que tu tem” enquanto a vítima falava que “eu não vou te dar”. Após um tiro no chão e depois atirar no advogado, o indivíduo fugiu sem levar os pertences, incluindo cerca de R$ 860,00 em dinheiro. O delegado Jardim observou que o autor do crime embarcou então na moto Honda CB 300, deixada com o motor ligado, colocando o capacete que havia retirado e deixado sobre o banco. “Ele tirou o capacete porque estava de boné. Ele colocou o boné bem abaixo até os olhos”, constatou.

Operação especial para prender suspeito

Desde o dia 29 os policiais civis já sabiam quem era o autor do crime e conseguiram o mandado judicial de prisão preventiva. Para localizar e prendê-lo, os agentes fizeram uma campana permanente no Morro do Cruz, conseguindo finalmente capturá-lo na quinta-feira. No interrogatório, o suspeito ficou calado: “Ele não fala. Ele tem um perfil muito fechado. Ele tem antecedentes criminais e já praticou um assalto. Tem um histórico familiar na área do crime”, assinalou. 

A equipe do delegado Paulo César Jardim apura ainda se existiria mais alguém envolvido no assassinato da vítima. “O leque é amplo. Tudo é possível. Nem tudo que aparenta pode ser”, lembrou. “Por que ele matou? Qual a motivação?”, acrescentou. “Estamos analisando todas as circunstâncias e facetas”, concluiu. 

Correio do Povo