A ação engloba um planejamento estratégico e foco na operacionalidade, com a visibilidade do policiamento ostensivo e ações de saturação das áreas da Capital. Conforme o comandante do Comando do Policiamento da Capital (CPC), coronel Jefferson de Barros Jacques, no final do ano, quando foi feito o balanço geral, foi constatado que a estratégia de repressão contra estes crimes estava certa, mas não conseguiu reduzir e sim estabilizar os indicadores.
“O caminho está adequado, porém ele precisa de um ajuste, que estamos fazendo agora. Na primeira quinzena de janeiro já verificamos resultado, que foi diferente da primeira quinzena do mês no ano passado. Tivemos um menor índice de roubos de veículos e um maior índice de recuperação”, explicou. Segundo ele, as operações serão realizadas por dias, por horários e pelos locais específicos, pois o delito apresenta aspectos de sazonalidade.
O efetivo empregado é de cerca de 170 homens, de oito pelotões diferentes, que atuarão com patrulhas, abordagens e barreiras em bairros onde há maior incidência dos crimes. Na zona Norte, nos bairros Rubem Berta, Passo das Pedras, Jardim Itu-Sabará, Vila Ipiranga, Vila Jardim e Petrópolis. Também haverá ações na Zona Sul, com a intensificação nas áreas do complexo Grande Cruzeiro, Menino Deus e Azenha, e em alguns bairros da Zona Sul, como Cavalhada, Tristeza e Assunção. Na área central, o foco são os bairros Floresta, Rio Branco e Santa Cecília.
Prioridade para 2018
A Operação Avante foi lançada três dias após Porto Alegre registrar, que em média, 31,57 veículos são roubados ou furtados por dia. Ou seja, mais de um carro é levado por hora na Capital. Os dados foram divulgados pelo secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer. Ele elencou que o combate a esse tipo de crime é prioridade da secretaria para 2018.
Os crimes se repetiram 11.524 vezes em todo o ano de 2017, de acordo com dados da Secretaria de Segurança. Do total, 3.095 são relacionados a furtos – quando o veículo é levado sem a presença do condutor - e 8.429 a roubos – quando há uso de violência psicológica ou física.
Jessica Hübler