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Especial

Caçadores de animais da fauna silvestre são alvo de operação da Polícia Civil

Ação do Deic, que resultou na apreensão de armas de caça e animais abatidos, foi desencadeada em Lagoa Vermelha e Erechim

Além do armamento, os agentes recolheram munição, equipamento de recarga, armadilhas e outros materiais ilícitos | Foto: Polícia Civil / CP

A Delegacia Especializada de Proteção e Defesa do Meio Ambiente (Dema) do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil apreendeu na manhã desta terça-feira cerca de 50 armas de caça e mais de 100 quilos de animais abatidos durante a operação Bad Hunters deflagrada em Lagoa Vermelha e Erechim. Seis pessoas foram presas pela equipe da delegada Marina Ver Goltz. Houve o cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão na ação cujo objetivo foi o de reprimir a prática, em tese, de crimes de caça ilegal de animais silvestres nos dois municípios.

Os agentes recolheram ainda munição, armadilhas, máquinas de recarga de cartuchos de armas de caça e suprimentos, silenciadores e supressores, lunetas, telefones celulares e licenças de controlador de javalis. "A investigação teve início em dezembro de 2018 a partir de denúncias de que uma organização criminosa utilizaria indevidamente autorizações para manejo de javalis para os fins escusos de caça de toda a sorte de animais silvestres”, relatou a delegada Marina Ver Goltz. Segundo ela, os animais abatidos ilegalmente eram servidos em jantares restritos a convidados.

A titular da Dema observou que apenas o javali tem seu manejo autorizado pelo Ibama em razão de “ser espécie exótica invasora que tem causado uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, ameaçando o ecossistema”. Segundo ela, os integrantes da organização criminosa obtém a autorização e adquirem legalmente armas através de cadastro junto ao Exército Brasileiro. “Contudo, fazem uso desvirtuado destas autorizações para a caça de outros animais, cujo abate é proibido”, enfatizou.

O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegado Sander Cajal, constatou que os integrantes desta organização criminosa reúnem-se para caçadas em diversas regiões do Estado, abatendo indiscriminadamente animais da fauna silvestre, como veados campeiros, tatus, capivaras, pacas, ratões do banhado, perdizes e perdigões. A operação teve o apoio do IBAMA, da Associação Riograndense de Proteção aos Animais, do Exército Brasileiro e da Corregedoria da Brigada Militar.

Correio do Povo