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Especial

"Chupa-cabra" é apreendido pela Polícia Civil durante operação em Pelotas

Equipamento instalado nos caixas eletrônicos permite a clonagem do cartões das vítimas

Mais de 150 cartões bancários e de crédito, do Cidadão e do Bolsa Família, foram também reocolhidos | Foto: PC / Divulgação / CP

A Polícia Civil investiga uma organização criminosa acusada de estelionato contra pessoas, sobretudo de baixa renda, que possuem contas bancárias na Caixa Econômica Federal, além de clientes com contas em uma cooperativa de crédito. Na noite de segunda-feira, os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Pelotas, sob comando do delegado Rafael Lopes, desencadearam uma operação que resultou em quatro criminosos presos. Dois deles foram flagrados instalando o equipamento conhecido popularmente como “chupa-cabra”, que clonaria o cartão da vítima na boca do caixa eletrônico  de uma agência da Caixa na cidade. O dispositivo foi apreendido.

Depois em residências alugadas pela quadrilha, os agentes da Draco de Pelotas encontraram mais de 150 cartões bancários e de crédito, do Cidadão e do Bolsa Família, além de dois automóveis avaliados em um valor superior a R$ 90 mil. Seis telefones celulares, relógios, joias, componentes eletrônicos, entre outros objetos, também foram recolhidos, junto com material utilizado para a clonagem de cartões.

Um outro equipamento apreendido na ação policial é responsável por causar uma “falha” durante a retirada do cartão inserido no caixa eletrônico. O dispositivo impossibilita a retirada do cartão do terminal e mais tarde os criminosos voltam para recolhê-lo. Um casal foi detido na casa.

Investigação 

O trabalho investigativo começou após informações repassadas por uma cooperativa de crédito. A empresa percebeu a movimentação atípica de indivíduos que compareciam sempre em uma agência em Pelotas, onde mantinham atitudes estranhas. Acionada, a equipe da Draco de Pelotas realizou então um monitoramento dos suspeitos até culminar com a prisão deles na noite de segunda-feira.

Com a clonagem do número do cartão e senha das vítimas do banco e da cooperativa de crédito através do “chupa-cabra”, os golpistas criavam um cartão idêntico e aguardavam a data em que o benefício seria depositado, sacando o valor assim creditado.

O equipamento, dotado de câmera, bateria e cartão de memória para o armazenamento dos dados, era instalado nos terminais bancários após o horário de funcionamento das agências, instalavam o equipamento. Mais tarde ou no outro dia, os criminosos retornavam para retirá-lo, possibilitando a clonagem dos cartões das vítimas para posterior saques.

A equipe do delegado constatou que os envolvidos aplicaram “uma grande quantidade de golpes” em várias cidades. Em Erechim, no final de fevereiro passado, um dos integrantes da organização criminosa foi preso em flagrante quando instalava um “chupa-cabra” em uma agência bancária.

Correio do Povo