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Verão

Especial

Com apenas cinco PMs, Imigrante revive medo da insegurança

Bancos da cidade foram atacados pela segunda vez em oito meses

Com cerca de 3,1 mil habitantes, a pequena Imigrante, no Vale do Taquari, voltou a viver um dia de medo nesta segunda-feira, quando novamente as agências do Bradesco e do Banrisul no município foram assaltadas, de forma simultânea, pela segunda vez em oito meses.

A ação desta segunda-feira foi de um grupo de pelo menos cinco homens armados com fuzis e teve reféns, além de troca de tiros nas proximidades da cidade.

No meio da tarde, o prefeito Celso Kaplan emitiu uma nota oficial, na qual recomendada à população para “ter cautela” ao sair de casa, em virtude da troca de tiros nas proximidades. “Está todo mundo em alvoroço, preocupado”, afirmou o prefeito. “Estamos preocupadíssimos e ficou um clima de medo, angustiante, porque há este policiamento ostensivo, com helicóptero sobrevoando a cidade”, acrescentou.

De acordo com o prefeito, Imigrante conta com um efetivo de cinco policiais militares, mas apenas um permanece no plantão, com viatura. Os assaltos aos bancos de hoje duraram cerca de 20 minutos e este tempo não chegou a ser suficiente para que a Brigada Militar chegasse até o local do crime. No entanto – pondera o prefeito – a BM conseguiu armar cerco nos limites do município. Até as 18h, cinco pessoas haviam sido presas e levadas à Delegacia de Teutônia.

A insegurança em pequenos municípios será tema de uma audiência a ser realizada no fim do mês, com o comando regional da Brigada Militar. “Temos uma agendado, em virtude de acontecimentos anteriores ao assalto, uma audiência pública no dia 27 de agosto para debater as ações nossas quanto a educação com segurança”, adiantou.

“A gente achava que grupos criminosos não vinham para as cidades pequenas, mas não é o que tem ocorrido”, disse Kaplan, que lamentou o efetivo reduzido às pequenas localidades: “Nós somos parceiros, porque pagamos para manter o efetivo”, ressaltou. “Repassamos um valor para ajudar em aluguel e alimentação. Se não, talvez teríamos apenas um ou dois policiais.”

Grupo sequestrou trabalhadores para formar “Escudo humano”

O produtor rural Adilson Stevens, Adilson Esteves, 41 anos, trabalhava em uma obra, próximo dos estabelecimentos assaltados, quando homens encapuzados chegaram armados e o obrigaram a participar do escudo humano. Outros três homens que estavam no local foram levados para o meio da via pública. Foram criadas duas fileiras de pessoas, de dez pessoas de cada lado da rua.

Tiros de intimidação foram efetuados, inclusive contra as fachadas dos bancos e em meio ao escudo humano. “Passamos um susto”, diz Stevens. O produtor rural conta que a quadrilha aguardou cerca de 20 minutos para a abertura do cofre das agências. “Eles gritavam: falta oito minutos, falta cinco minutos”, relatou.

Correio do Povo