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Verão

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Conselho Tutelar considera “desproporcional” ação da BM durante desocupação da Sefaz

Conselheiras presentes no local vão contribuir com as investigações prestando relatórios com o que foi visto

Conselheiras presentes na Sefaz vão contribuir com as investigações | Foto: Guilherme Testa
A retirada, pela Brigada Militar, de estudantes que ocuparam a Secretaria da Fazenda, na tarde da última quarta-feira, foi considerada “abusiva” e “desproporcional” pelas conselheiras tutelares que acompanharam a ação. Após a desocupação, Aline Bettio e Gisele Aberbuj receberam cerca de 20 denúncias de pais, estudantes e entidades. Segundo Aline, ambas foram até o local para verificar a garantia de manifestação do grupo, que pede melhorias na política educacional. Ela relata que não havia negociador, além dos policiais militares, que deram ordem de saída e ameaçaram os estudantes de retirada forçada.

“Se a gente comparar com o perigo que esses estudantes representavam ali, sentados no chão, com as suas mochilas, pedindo para serem ouvidos pelo governador, a força policial foi desproporcional”, disse. O Conselho vai contribuir com as investigações das Promotorias da Infância e Juventude e da Educação, prestando relatórios com os apontamentos do que foi visto no local.

Desde ontem, o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Cedica) também se reúne para avalia se houve excessos na operação da BM. O órgão, que fiscaliza o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, deve emitir parecer. O grupo também vai analisar vídeos e relatos de estudantes publicados em redes sociais desde o ocorrido.

Após o uso da força para encerrar a manifestação, a Brigada Militar deteve cerca de 55 pessoas. Do total, em torno de 45 adolescentes foram levados ao Departamento da Criança e do Adolescente da Polícia Civil, e liberados após a chegada de pais e responsáveis, ainda na quarta. Eles ainda podem ser responsabilizados por participarem do protesto.

Outras dez pessoas maiores de idade, entre elas um jornalista do Jornal Já e um cineasta independente, chegaram a ser presas e liberadas no início da madrugada seguinte. Os adultos devem responder por seis crimes, entre eles o inafiançável de corrupção de menores.

Em entrevista à Rádio Guaíba, o titular do Comando de Policiamento da Capital, tenente-coronel Mario Ikeda, disse que houve necessidade de progredir no uso da força devido à resistência dos manifestantes ao serem retirados do prédio.

Camila Diesel/Rádio Guaíba