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Verão

Especial

Criminosos que mataram policial militar em 2016, em Cidreira, são condenados pelo júri popular

Julgamento terminou na madrugada desta quarta-feira na Comarca de Tramandaí

Sepultamento do brigadiano ocorreu sob forte comoção e tristeza | Foto: Rafael Silveira / BM / CP

Os cinco criminosos acusados de matar um policial militar e de tentativas de homicídio contra 11 brigadianos, em agosto de 2016 em Cidreira, receberam penas pesadas no final do júri popular encerrado no início da madrugada desta quarta-feira na Comarca de Tramandaí. Todos os todos réus foram condenados por homicídio duplamente qualificado; por 11 tentativas de homicídio duplamente qualificado, e duas vezes por violação de domicílio triplamente qualificado, crimes cometidos em concurso material.

O primeiro réu foi sentenciado a 93 anos e quatro meses em regime fechado, mais dois anos e quatro meses no semiaberto. Já o segundo recebeu pena de 102 anos e oito meses de reclusão e também dois anos e oito meses no semiaberto. Por sua vez, o terceiro acusado foi condenado a 84 anos no fechado e ainda dois anos no aberto.

O quarto criminoso teve pena também de 84 anos de reclusão e mais dois anos no aberto. Por fim, o quinto réu teve sentença de 102 anos e oito meses no regime fechado e acréscimo de dois anos e oito meses no semiaberto. Entretanto, a lei anticrime que entrou em vigor em janeiro deste ano elevou o tempo máximo de cumprimento de pena de 30 para 40 anos.

O julgamento, iniciado na manhã da última terça-feira, foi presidido pelo juiz de Direito Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal. Não houve acesso do público em geral por questões sanitárias em razão da pandemia de Covid-19.

A denúncia do Ministério Público apontou que o soldado Thales Ferreira Floriano, 31 anos, foi morto quando ele e os colegas atuaram em uma ocorrência de invasões de imóveis na vila Chico Mendes, em Cidreira, decorrentes da disputa pelo controle do tráfico de drogas. O efetivo da BM foi recebido a tiros pelos acusados que seriam ligados a uma facção.

O grupo criminoso saiu de Porto Alegre com o objetivo de ocupar um ponto de tráfico em Cidreira. O efetivo da BM foi então acionado após denúncia e quando chegou no local foi alvo de disparos, ocorrendo um confronto. O soldado Thales Ferreira Floriano acabou baleado e não resistiu aos graves ferimentos. A mobilização da BM resultaria nas prisões dos autores do crime e na apreensão de armamento, munição, coletes balísticos e drogas.

Luto

Formado em Educação Física, Thales Ferreira Floriano estava desde 2009 na BM e, além da esposa, deixou uma filha de três anos na época. Em sua trajetória policial, o policial militar já havia recebido reconhecimento de honra ao mérito por uma ocorrência em que, mesmo ferido, conseguiu deter um criminoso.

O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Tramandaí sob forte comoção, tristeza e revolta. Houve um sirenaço, seguido de um minuto de silêncio, em todos os quartéis da BM no Rio Grande do Sul. Um imenso cortejo de veículos acompanhou o deslocamento do caixão em um caminhão de bombeiros até o cemitério.

Com sirenes e buzinas acionadas, viaturas de todos os órgãos de segurança pública da região litorânea acompanharam as últimas homenagens, além de representantes de entidades de classe e de associações de moradores de municípios do Litoral Norte.

Correio do Povo