Depois de se internar em um hospital psiquiátrico na zona Sul de Porto Alegre, Neis foi reavaliado por médicos e transferido para o Presídio Central. O advogado dele, Jair Jonco, espera receber o processo na sexta-feira, e deve responder num prazo máximo de dez dias. Na denúncia, a promotora Lúcia Helena Callegari afirma que, ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, o motorista deu início ao ato de matar.
Conforme Lúcia, os crimes foram praticados por motivo fútil, tendo em vista que o denunciado demonstrou extremo egoísmo e individualismo no ato. Além disso, Neis agiu mediante meio que resultou em perigo comum, uma vez que o crime foi praticado em via pública.
O MP também destaca que o recurso utilizado dificultou a defesa das vítimas, "que trafegavam de forma distraída com suas bicicletas, quando foram atingidas pelas costas". Por esses três entendimentos, a denúncia é homicídio doloso triplamente qualificado, o que aumenta a pena, em caso de condenação. O delegado Gilbeto Montenegro disse que o entendimento do MP foi o mesmo da Polícia Civil sobre o tipo de crime.
Jerônimo Pires / Rádio Guaíba