O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira a apreensão de mais de meio milhão de reais em drogas durante a operação Partilha em Porto Alegre. Houve a apreensão de mais de 40 quilos de maconha, cerca de um quilo de cocaína, centenas de pedras de crack pesando no total 50 gramas e mais de 10 mil pinos vazios, além de quatro pistolas calibres nove milímetros, 12 carregadores e 343 munições de calibres variados.
Com o cumprimento de um mandado judicial de busca e apreensão, a ação ocorreu nessa quinta-feira em uma residência no bairro Glória, na zona Sul da Capital. A coordenação foi do delegado Gabriel Borges. Os agentes recolheram ainda um Jeep Compass, avaliado em mais de R$ 250 mil, que era utilizado para entrega de entorpecentes.
A investigação apontou a moradia como supostamente responsável por abastecer drogas e armas os traficantes no conjunto habitacional popular conhecido como Carandiru, na avenida Princesa Isabel, entre os bairros Santana e Azenha. A facção criminosa, baseada na região do Vale dos Sinos, estaria por trás.
Segundo o delegado Gabriel Borges, o indivíduo que cuidava do armazenamento e da distribuição das drogas responde diretamente às lideranças da facção. O suspeito sempre comparecia no depósito e depois entregava pacotes no condomínio com o veículo. O indivíduo acabou sendo preso na operação.
Ele destacou que “o trabalho de investigação qualificada, principalmente utilizando modernas técnicas de investigação, foi essencial para o êxito do trabalho”. O trabalho investigativo, assegurou, terá prosseguimento para identificar e responsabilizar criminalmente os envolvidos.
Já o diretor de investigação do narcotráfico do Denarc, delegado Alencar Carraro, ressaltou que “o impacto no crime organizado é extremamente pesado, pois além de retirar os entorpecentes da posse dos criminosos apreendeu quantidade significativa de armas de fogo e munições, as quais são utilizadas não só para execução de desafetos, mas também para o cometimento de crimes patrimoniais”.
Ele considerou que a equipe fez uma “excelente investigação” e lembrou que o mandado foi conseguido em poucas horas na 16ª Vara Criminal. O delegado Alencar Carraro frisou também “a celeridade do Ministério Público e do Judiciário na expedição do mandado de busca e apreensão”.
Correio do Povo