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Especial

Denarc deflagra operação contra quadrilha de narcotráfico que retirava veículos em CRDs

Nos últimos dois anos, organização criminosa movimentou cerca de R$ 2 milhões com a fraude

Houve o cumprimento de 18 ordens judiciais em Porto Alegre, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Imbé | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta sexta-feira a quarta fase da operação Impostore com o objetivo de combater uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e responsável pela retirada fraudulenta de veículos de Centros de Remoção e Depósito, os CRDs, credenciados pelo Detran/RS. Nos últimos dois anos, a quadrilha movimentou cerca de R$ 2 milhões. Houve o cumprimento de 18 ordens judiciais, sendo 17 mandados de busca e apreensão e um outro de prisão preventiva em Porto Alegre, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Imbé. A ação é conduzida Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc, sob comando do delegado Adriano Nonnemacher. Em torno de 55 agentes foram mobilizados, incluindo a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil.

As investigações, com apoio do Detran/RS, começou em abril do ano passado. A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc apurou a atuação de uma quadrilha especializada em falsificações, estelionatos, falsidade ideológica e receptação. O grupo criminoso retirava, de modo fraudulento, veículos sequestrados judicialmente em operações policiais. Os golpistas falsificavam documentos de restituição veiculares, carteiras nacionais de habilitação, procurações e até assinaturas de delegados da Polícia Civil. Os agentes apuraram ainda a existência de procurações com dados falsos, uso de “laranjas”, compra e venda de informações sigilosas, de selos notariais e de carteiras nacionais de habilitação, além da venda dos veículos para terceiros. Os policiais civis investigaram também o comércio de armamento, como fuzis, e de espelhos de carteiras nacionais de habilitação, certificados de registro e licenciamento de veículos e ainda de certificado de registro do veículo, entre outros documentos.

A quarta fase da operação Impostore identificou mais seis integrantes da quadrilha, incluindo funcionários de CRDs e de tabelionatos que vendiam as informações sigilosas e selos notariais aos criminosos. Nas três fases anteriores, deflagradas entre abril de 2019 e fevereiro de 2020, outros cinco envolvidos no esquema já tinham sido presos e indiciados. Os bens imóveis e ativos financeiros deles foram sequestrados judicialmente.

O trabalho policial totaliza até o momento 11 investigados; 24 quebras de sigilo bancário, fiscal e financeiro; 11 quebras telemáticas, 30 mandados de busca e apreensão, cinco bloqueios de contas bancárias, um sequestro judicial de imóvel, recolhimento de dois veículos e quatro prisões. No total já foram executadas 77 ordens judiciais no âmbito das investigações que ocorreram no Rio Grande do Sul e no Paraná. Após a descoberta da atuação da quadrilha, o Detran/RS e a Polícia Civil alteraram a forma de retirada de veículos retidos nos CRDs, reforçando as cautelas.

O delegado Adriano Nonnemacher avaliou que foi uma investigação que “demandou muito tempo de trabalho diante da especialização dos alvos”. Já o diretor geral do Denarc, delegado Vladimir Urach, a operação Impostore foi muito importante pois “elucidou e estancou a atuação de uma quadrilha especializada perante depósitos do Detran/RS e que trouxe enormes prejuízos a processos e investigações criminais de lavagem de dinheiro em andamento”.

 

Correio do Povo