O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil confirmou na manhã desta sexta-feira a estratégia dos traficantes em reduzir os prejuízos em casos de descoberta dos depósitos de drogas pelas forças de segurança pública. Ao invés de armazenar os entorpecentes em um único local, o delegado Thiago Bennemann explicou que as facções criminosas mantêm vários pontos de estocagem com quantidades menores dos narcóticos.
A estratégia foi mais uma vez comprovada no feriado, quando os agentes do Denarc localizaram um depósito no bairro Canudos. Houve a apreensão de 2,8 quilos de crack, 2,3 quilos de cocaína, 2,2 quilos de maconha e 4,3 quilos de insumos, além de quatro balanças de precisão, cerca de 50 munições de calibre 9 milímetros, registros de contabilidade do tráfico de entorpecentes, um celular e um veículo. O traficante encontrado no local teve a prisão decretada.
O delegado Thiago Bennemann observou que parte da droga estava oculta em recipientes contendo grãos de arroz. Segundo ele, as investigações apuraram que o depósito fazia a distribuição dos entorpecentes para a região do Vale do Rio dos Sinos, sendo abastecidas os pontos de comercialização, sobretudo das cidades de Novo Hamburgo e Campo Bom.
Ele destacou ainda os 4,3 quilos de insumo recolhido consiste em um pó branco muito fino que possivelmente seja bicarbonato de sódio, usado para engrossar e dar volume na cocaína. O delegado Thiago Bennemann lembrou que outros produtos são adicionados na droga apara elevar o faturamento dos traficantes, citando como exemplo farinha, fermento, lidocaína e cafeína, entre outros.
Outras ações contra o narcotráfico
Em Sapucaia do Sul, o Denarc apreendeu em torno de quatro quilos de maconha em uma residência no bairro Lomba da Palmeira. A equipe do delegado Alencar Carraro não localizou, porém, o traficante que está com prisão preventiva decretada.
Em Porto Alegre, os agentes sob comando do delegado Alencar Carraro flagraram um adolescente com 170 porções e três tijolos de maconha, um radiotransmissor e um caderno com anotações sobre a venda de entorpecentes, no bairro Humaitá.
Correio do Povo