“Réu que está preso tem que ser trazido pela Susepe porque tem o direito de participar da sessão de julgamento. A justificativa dada pela instituição foi que os apenados da facção Bala na Cara se recusaram a sair da galeria para se deslocar até a audiência. Eles reivindicavam vagas, pois gostariam de ser colocados em galerias e estavam aguardando por vagas, justamente, pela superlotação dos presídios”, afirmou a juíza em entrevista para a Rádio Guaíba.
Ao ser questionada se o Estado não deveria garantir para que o apenado fosse levado ao tribunal, a juíza lembrou sobre as dificuldades que seria uma ação do tipo. “O Estado tem que exercer a autoridade. Mas em um local que está superlotado, acredito que a polícia que faz a segurança tem que pesar qual a possibilidade de fazer e causar um motim ou uma situação mais grave. Foi uma reivindicação feita pelos apenados e que é a mesma da polícia, pois quer que os presos saiam das delegacias. Essa situação foi equacionada pela Vara das Execuções ainda hoje para as próximas audiências”, revelou a magistrada.
A sessão do Tribunal foi remarcada para a próxima sexta-feira, já que o réu está preso e é necessário urgência do processo na Justiça.
Correio do Povo e Rádio Guaíba