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Especial

DHPP terá Delegacia de Lavagem de Dinheiro no RS

Delegado Mário Souza avaliou futuro órgão como "um marco histórico”

Anúncio foi feito pelo Chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, após a operação interestadual Fratelli | Foto: Jorge Felipe / PC / Divulgação / CP

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil vai ganhar pela primeira vez uma Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro. O anúncio foi feito pelo Chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, logo após a operação interestadual Fratelli na última quarta-feira no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ação teve como principal objetivo combater a ocultação de capitais da facção sediada no Vale do Rio dos Sinos, sendo congelados bens que somam R$ 30 milhões. A organização criminosa é responsável por homicídios e narcotráfico.

“É um marco histórico”, avaliou o diretor do DHPP, delegado Mário Souza. “A investigação dos homicídios ordenados pelo clima organizado vai entrar em um outro patamar no Rio Grande do Sul”, previu.

“O DHPP, responsável por enfrentar as mortes do crime organizado, passará a ter uma ferramenta de elite contra esse delito. O dinheiro sustenta o crime organizado”, enfatizou. O delegado Mário Souza lembrou que o planejamento e realização de um homicídio exige recursos. “Tem que ter arma, munição, veículo e matador”, citou como exemplos. “Além de elucidar o crime, uma outra forma de enfraquecer e diminuir o número de mortes é tirando os meios”, disse.

O diretor do DHPP afirmou ainda que a expectativa é de que a Delegacia de Lavagem de Dinheiro possa ser concretizada nos próximos meses. “Ela já está criada, mas tem que ser agora instalada. Certamente até o final do ano, ela estará tá funcionando”, assegurou o delegado Mário Souza.

Na operação Fratelli, sob comando do titular da 4ª DPHPP, delegado Marcus Viafore, quatro pessoas foram presas e houve a apreensão de aproximadamente R$ 27 mil em dinheiro, armas, veículos, mídias e documentos. Os agentes cumpriram 173 ordens judiciais em Porto Alegre, Canoas, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom e Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e em Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú e Bombinhas, em Santa Catarina.

Os policiais civis executaram 45 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, 125 ordens de bloqueios bancários e 23 indisponibilidades de imóveis. A investigação já dura dois anos.

Correio do Povo