Um homem de de Santa Catarina, acusado de estelionato, foi preso em Osório, no litoral Norte, na tarde da terça-feira. Ele responde a processo por aplicar golpes a várias vítimas na cidade de Balneário Camboriú. O suspeito foi preso pela Brigada Militar (BM) em frente a um prédio no centro da cidade.
Segundo as informações da BM, pesa sobre o acusado a suspeita de ter causado um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões às vítimas. Os crimes teriam sido aplicados em pessoas que compravam imóveis no litoral catarinense.
O homem morava em um apartamento de luxo no mesmo prédio onde foi detido. No local foram apreendidos um carro, três telefones celulares, um radiocomunicador configurado para captar a rede policial, diversos documentos de veículos e contratos de imóveis. Além disso, R$ 105 mil em espécie e R$ 75.890 em cheques estavam com o homem no momento da prisão.
Uma das medidas a serem adotadas, para ressarcir as pessoas que foram lesadas pelo investigado, está o confisco de bens e valores. A Polícia Civil (PC) de Osório investiga se ele também aplicava golpes no Rio Grande do Sul. O nome não foi informado pela BM nem pela PC.
Mesmo respondendo a processo por estelionato, o mandato de prisão, expedido pela comarca de Camboriú, que permitiu sua prisão, era por porte de armas. De acordo com o delegado de Osório, João Henrique Gomes de Almeida, o homem ficou detido na Penitenciária de Osório e deve ser encaminhado para Santa Catarina nos próximos dias.
A prisão foi feita após um trabalho de cruzamento dos dados e troca de informações entre os setores de inteligência do Rio Grande do Sul e também Santa Catarina. A Agência Regional de Inteligência do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) Litoral, após a identificação do indivíduo, constatou a movimentação no município de Osório. Os policiais descobriram o imóvel onde ele estava vivendo. A prisão foi feita pelos agentes do Pelotão de Operações Especiais (POE) do batalhão. Na hora em que foi capturado, não ofereceu resistência.
A reportagem tentou entrar em contato com a advogada do acusado, mas as ligações não foram atendidas.
Eduardo Amaral