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Especial

Fase de interrogatório dos réus do caso Becker inicia no final do quarto dia de sessões Vara Federal

O primeiro a ser ouvido foi Bayard Ollé Fischer, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mandante do crime

Juraci Oliveira da Silva, conhecido como Jura, acusado de planejar o homicídio, foi o segundo a ser ouvido. Ele afirmou que não conhecia o médico Becker e admitiu ter tido contato com Bayard em datas próximas ao crime, mas apenas para tratar sobre os procedimentos médicos que ele teria realizado. | Foto: Fabiano do Amaral

No início da noite desta quinta-feira, teve início a fase de interrogatório dos réus no julgamento do assassinato do ex-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), médico Marco Antônio Becker. O primeiro a depor na 11º Vara Federal de Porto Alegre foi ex-andrologista Bayard Ollé Fischer dos Santos, acusado de ser o mandante do crime.

Durante seu depoimento, Bayard mencionou seus livros e palestras, nos quais ainda recebe convites. Ele afirmou ter estudado direito para compreender todos os aspectos jurídicos do caso, incluindo a forma como os advogados pensam e pretendem atuar. Bayard disse que vive hoje como aposentado, recebendo duas aposentadorias que somam R$ 7 mil. Questionado pelo juiz Roberto Schaan Ferreira que preside o julgamento, se havia participado do crime, o réu foi taxativo: “Não participei da morte, É um absurdo, Uma injustiça muito grande.”

Ele também comentou sobre a oposição da chapa que buscava comandar o Cremers e mencionou as acusações contra o médico Marco Antônio Becker, que era presidente na época. Ao ser questionado sobre sua análise de todo o processo, ele respondeu: “É a única coisa nesse momento que eu pretendo mostrar a minha inocência. Não sei quanto tempo vou durar, mas não quero morrer com essa peste. Eu vivi salvando vidas. Eu era médico de interior. O que vinha tinha que enfrentar. Segui o meu juramento que era salvar vidas, não matar.”

Bayard afirmou que a sua relação com o réu acusado de planejar o homicídio era somente de médico e paciente. E que o último procedimento de saúde em Juraci ocorreu em 4 de novembro de 2008, e soube por sua secretária que o paciente estava tendo reações adversas. Ele também mencionou suas iniciações em terapias holísticas, enfatizando que essa filosofia de vida não prega a violência.

Em seguida, foi a vez de Juraci Oliveira da Silva, conhecido como Jura, acusado de planejar o homicídio, prestar seu depoimento. Silva seguiu a mesma dinâmica de Bayard, respondendo apenas às perguntas do juiz, da defesa e dos jurados. Ele se recusou a responder às questões do Ministério Público, o que foi registrado como um protesto. As primeiras perguntas foram de natureza pessoal, e ele afirmou que começou a cumprir pena em 2003, fugiu em 2008 e foi capturado no início de 2010. Ele comentou que durante seu período na prisão federal de Campo Grande estudou e concluiu o Ensino Médio, uma vez que só tinha até a 6ª série anteriormente. Ele afirmou que seu maior patrimônio é sua família. Silva confirmou ter sido condenado por homicídio e tráfico e que atualmente está preso preventivamente, tendo um regime semiaberto desde 2014.
Quanto à acusação atual, ele afirmou que não teve qualquer participação e que não conhecia Becker. Além disso, ele admitiu ter tido contato com o Bayard em datas próximas ao crime, mas apenas para tratar de procedimentos médicos que ele teria realizado.

Quando o advogado perguntou qual o seu sentimento atual sobre o ex-andrologista ele afirmou que por todo o sofrimento que passou devido aos procedimentos médicos realizados “Na época se eu pudesse eu tinha matado o Dr Bayard”, e ainda afirmou que não precisava do dinheiro do ex-médico e que não é matador de aluguel. E que as mensagens que trocava com Moises Gugel, acusado de planejar o crime, era sobre carro e sobre o aparelho peniano que ele usava. 

O terceiro a ser ouvido foi Moises Gugel, ex assistente de Bayard. Ele também se recusou a responder aos questionamentos da promotoria. Ele afirmou que tem uma remuneração mensal de R$3 mil por mês. E que a participação do crime é “uma mentira total”. E sobre a sua relação com o Bayard declarou que era apenas uma relação profissional. E sobre a sua relação com Juraci ele afirmou que teve alguns encontros com ele e que falavam sobre assuntos diversos. 
 

 

Correio do Povo