Segundo o Gate, o objeto era uma granada típica da II Guerra Mundial. Havia clientes na boate e nos bares no entorno, em especial entre a Riachuelo e Salgado Filho, quando o artefato foi deixado no local. Após a Brigada Militar ser acionada, a região foi evacuada e a passagem bloqueada tanto para pedestres como para veículos.
O Gate foi acionado para confirmar a autenticidade do artefato e provocar a sua detonação. Segundo o tenente Francisco Braga, houve uma tentativa para desmembrar a granada, por volta das 8h40min. Como não obteve o resultado necessário, o artefato foi levado para uma pedreira no bairro Glória para detonação.
Braga disse que se a granada tivesse explodido teria provocado danos sérios, como feridos e mortos. Ele explicou que se armada, ela demora em média três segundos para explodir. “Pelas características, ela é muito antiga, mas com poder de explosão”, explicou.
No momento da primeira detonação, a movimentação ainda era tranquila no Centro. Mesmo assim, a operação, que teve as presenças ainda do Corpo de Bombeiros e de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), chamou a atenção. Muitos curiosos quiseram fotografar e acompanhar a operação de desarme pelo Gate.
A suspeita da Brigada Militar é de que o artefato tenha sido deixado no local por uma facção criminosa. Os primeiros brigadianos que chegaram ao local, por volta das 6h, coletaram o depoimento de algumas pessoas que assistiram ao momento em que o artefato foi deixado. “Eles acusaram de serem integrantes da gangue Bala Na Cara, mas não temos como confirmar”, afirmou o capitão da Brigada Militar, Edson Trajano. Essas informações também serão utilizadas nas investigações.
Mauren Xavier / Correio do Povo